Para que terminasse da melhor maneira, optei por fazer um estágio curricular de 360 horas na Multilem Portugal, que me aceitou de braços abertos deixando sempre espaço para sugerir e perguntar alguma dúvida que surgisse. Perante a incrível equipa que fui conhecendo ao longo do tempo, percebi o quanto é importante confiar nos colegas para fazer o melhor trabalho possível. 

É desta forma que a Multilem se rege. Com um alto nível de exigência, para que tudo seja feito com o maior rigor possível, assim como todos os profissionais que lá trabalham. Foi a partilhar a ideia trazida pelo Carlos Rosado, director da Associação, com o designer Kalil Gaby que o desafio começa também para a Multilem: Impacto Social – Mochila Solidária. 

Com uma troca de palavras e sugestões, decidimos levar o desafio o mais longe possível. O Kalil Acreditando na ideia, brilhantemente decidiu reaproveitar material da Multilem, já usado em eventos e stands. E assim foi dado o primeiro passo com a construção de um protótipo da Mochila Solidária que pudesse ser apresentado à Administração. 

Ao apresentarmos, com uma oportunidade dada em reunião de direcção e comerciais, tanto eu como o Kalil ficámos prontos para seguir com a ideia, aprovada com o objectivo inicial de enviar 500 mochilas para Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique. 

“Qual a melhor forma de fazer as Mochilas Solidárias?”

Foi a perguntar que nos acompanhou durante o projecto. Por maior que o entusiasmo fosse, tive que ser realista e perceber que não era tarefa fácil fazermos os dois, as 500 mochilas. Como tal precisávamos de ajuda interna. Esta aparece primeiramente pela equipa espectacular de marketing constituída pela Joana Castro e a Inês Custódio que, ao gostarem da ideia, montaram um tutorial audiovisual de como desenvolver uma mochila (enquanto o Kalil fabricava a melhor hipótese). Foi crucial e essencial para que, todos os que se juntassem a nós, conseguissem perceber a linha de montagem, sem ser preciso a nossa presença e desta forma chegar a mais lugares e a mais pessoas. 

A ajuda continua. É preciso analisar qual é o melhor material a usar, tendo em conta as condições climatéricas. Aqui a Luísa Atouguia, directora técnica, entra em acção e sugere a lona como o material mais certo a usar e que apresenta duas boas qualidades para as mochilas: durabilidade e impermeabilidade. Com o material decidido, foi preciso ver quanto material tínhamos disponível e qual precisaríamos para completar a mochila. 

Depois de várias trocas de ideias, chegámos à conclusão que, fora a lona, era necessário dois tipos de fita para completar as mochilas. Desta forma, juntaram-se as empresas L2 e NIFIOS que nos apoiaram com a entrega de lonas e fitas, respectivamente. 

Algumas fotos das lonas guardadas pela Multilem e da ajuda dos alunos do IPAM no corte de cada uma.

Chegamos assim à terceira e última fase da ajuda. Todos os colaboradores da casa que, mostraram interesse, vieram até nós partilhando conhecimento e experiência, cada uma na sua área, para que fosse o mais funcional possível, tendo em conta que as mochilas irão ser usadas por crianças. 

Tudo correu bem. E, uma vez que, reunimos as condições necessárias para avançar com o projecto, optei por não esquecer o acordo feito com o Kalil – levar o projecto o mais longe possível. Decidimos colocar o objectivo nas 1000 mochilas. E assim foi. 

Com os orçamentos bem construídos e todo o apoio digital preparado, o objectivo foi aceite e está em vias de ser cumprido. Dividiu-se os esforços pelo IPAM Causa e a Associação Horizontes. 

Felizmente existem empresas como a Multilem, que acolhem causas que ajudam a melhorar a vida das pessoas e com as quais foi um prazer trabalhar. 

Para acompanhar todo o desfecho do projecto, não se esqueçam de confirmar se seguem as redes sociais da Multilem ou contactem-me através de: vasco.veiga.27@hotmail.com 

 Vejam também outra notícia das Mochilas Solidárias – IPAM Causa.